terça-feira, 1 de maio de 2012

Texto mal vestido.


Na primeira aula de linguística, se aprende que o analista transita entre três intenções: a intencionalidade do autor, a do leitor e a da obra. E daí sai todo o sentido da semiótica – todo o sentido de haver estratificações entre significante e significado (e de haver um significante dando acesso ao significado).
Tirando a percepção caótica que isso tudo engloba...Eu gosto da ideia essencial da semiótica.
Gosto da autonomia que pode ter os meus discursos mesmo quando presos numa expressão tão simplista.
O que eu concebo e o que eu guardo, o que eu construo de mim e o que você constrói, a partir de um enunciado; a forma de dizer e o que é dito, a paixão e a persuasão, a intencionalidade discursiva e a minha intenção, a partir de um arrebatamento descuidado dos dedos ou da fala.
Digo, aqui, como se soubesse bastante sobre semiótica. Você lê e acredita ou... você lê e ri, pela ingenuidade com que isso é escrito.
Sem muito pretexto ou caráter moral, acho que queria inaugurar com vocês a simpatia desse pragmatismo (quase-paranóia) que é pensar que todo discurso pressupõe uma roupagem - efetivamente factual só para o enunciatário.
Ai, que lindo! Que louco!




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