É uma terra, moço, que eu não quero que pise, e
que eu não queria pisar.
Mas se vires bem, virá:
É a terra pr’onde a gente vai.
Pois outras não têm, no passado e nem no agora,
Pra a gente viver ou regressar.
Pegue logo os seus troços e roupas;
Pegue logo suas coisas todas, e bote-as na
mochila;
Pegue cá, logo, a minha mão, moço, e vamos pra
lá.
Não hesite, num faça hora...
Nós não vamos mais ficar:
Vamos para ficar.
Lá, na terra do coração, ninguém mais há de ir.
Vamos viver cotidianamente e, por vezes, fora
do cotidiano.
Podemos até acordar para vidas diferentes todos
os dias;
Podemos! ...Vamos?
E vamos, juntos, todos os dias,
Dormir e acordar.
Dormir e acordar.
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