terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Portuguemática.

É um, é dois, é três... Vê-se: Os números são contrações das palavras. Desenhos que viraram lógica: Uma lógica exclusivamente prática tendendo a um infinito vago, o qual se fosse um pou-qui-nho humano nomearíamos ficção.
Conto com os dedos. Não para calcular as magias matemáticas (ou dilemas, no meu caso), mas para caminhar descalço, segura: Ora com a ponta dos pés, ora pisando firme e fundo, para deixar rastros.
Assim vou, respeitando a minha mente dentro do meu sigilo, escancarando a voz numa progressão aritmética à geométrica, sem ninguém escutar.
A complexidade me atrai. Os números complexos revelam sua identidade real e imaginária, sem dizer e sem descrever cada uma delas.Isso por que são exatos? Sim, e porque são, sobretudo, fiéis à ambiguidade de serem exatos.
Porém nem com toda a minha contemplação e identificação acredito que esses me representem com completude. Teríamos que juntar também permutação simples (pelos n elementos distintos e ordenados) num todo conjunto verdade. E ainda assim acharia-me concisa demais.
Não sou a razão da álgebra, embora pouco entenda sobre a da racionalidade.
Nesse vai e vem de números, que vou me encostando, manuseando... Por um motivo apenas, encosto o tédio.
Os modelo na forma idêntica das palavras feitas para dizer sem segredo, sem problematização e raciocínio técnico. Se então eu, algum dia, souber dizer-me com lealdade através delas, direi muito antes sobre elas somente: Doce esconderijo que construi.
Desse meu caminhar:
Estrada única, de mão única.

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