terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Pássaro-gente.

Asas do azul - da água e do ar
Corpo do asfalto.
Cante para mim? Sua canção soa cantiga
Sua voz não desafina!
De onde você vem? Para onde você vai?
Se eu der-te um sorriso errante,
Com quaisquer que sejam suas respostas,
Me leva com você?
Ou fique, simplesmente:
Estacione no meu mistério, repouse sobre o meu ombro...
Não acredito que exista um ninho sequer, que acolha bem sua grandeza.
Ô, meu pássaro peculiar...
Só você pousa e canta rock n' roll na janela dos meus ouvidos.
Entretanto,
Eu sei,
Não posso te vender o meu ontem, nem te prometer meu amanhã.
Tampouco posso segurá-lo entre os dedos.
Então voe, "pequeno", até onde meus olhos não alcançarão.
Você verá que os seus sonhos da terra,
Os que tanto alimenta,
Já foram conquistados todos
E estão pendurados no céu, esperando que os apanhe.
Então, vá!
Pinte meu horizonte e desenhe nele uma imensidão de incertezas
Depois sobrevoe na minha saudade
E, toda vez que acordar, desperte:
Cada pena sua,
Vale a pena.

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