quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Fernanda explica.

Como marionete do presente, eu sigo ao destino na tentativa de apenas equilibrar conhecimento e fé.
Por trás de uma capa feita de madeira, eu vou escondendo o que move os fios da marionete: Meu coração.
Algumas circunstâncias revestiram a capa, como membrana e citoplasma. Outras a lixaram, fazendo tanta solidez, em grossa espessura, virar pó - e consequentemente aproximando-se mais de tal área quase inacessível.  
Sinto-me andando ora ao lado, ora acima de um chorume que prolifera em "um tempo-modernidade".É como se eu tivesse ficado dias sob o ar condicionado com os olhos abertos. Minhas lágrimas secaram.
Romântica que fui, dispenso-me definitivamente de sentir, porque dispenso-me de mim individualmente.
Pensar não depende de sentir, porém de, talvez, algum sentido. E não tenho feito outra coisa menos manual, se não pensar.
Então, agora sim, vejo a grama toda tendendo a asfalto; todo o meu corpo resistindo ao cansaço; a tarefa da mente resumida apenas ao manual e sendo ela (a mente), para todo o resto, quase inteiramente falha.
Afinal, o coração em si, tece algum trabalho? Ou ele cria o trabalho pra se tecer de alguma forma?
Ora ando ao lado do chorume, porque cultivo a modernidade. Ora acima porque,embora eu a espiritualize, é somente para ela o meu ódio. O meu insulto. A minha aversão.

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