terça-feira, 13 de março de 2012

Terça-feira, 13 de março de 2012.

É, achei que não conseguiria escrever hoje.
Apesar dele, acordei querendo escolher uma roupa diferente, querendo me sentir bonita. Nunca fui de demorar para escolher roupa, e me maquiar, me pentear... – e fazer isso tudo de novo uma quantidade infindável de vezes, enquanto me olhando no espelho -, mas logo cedo me incomodei com as pontas do meu cabelo, e saí acertando-as com a minha tesourinha de cortar papel.
Do meu momento de vaidade até o momento em que eu quase fui atropelada (por atravessar a rua, correndo, para pegar o ônibus de costume), não aconteceu nada, para mim; não vi o dia passar.
Cochilei um pouco no ônibus, e quando acordei tinha uma joaninha (única miniatura voadora que não me causa repugnância) próxima à minha janela. Abri mais a janela, para aumentar a chance de ela conseguir sair – e ela saiu, como supunha que aconteceria.
A “Tram” e o meu professor de Direito me fizeram rir como nunca – meu professor, com o seu torcicolo, e a “Tram” com a sua cara de pau.
Depois de comer, ler e conversar durante a tarde, à noite tive mais uma aula de iniciação científica que, diga-se de passagem, embora pouco rentável, me deixou desesperada para estudar – tenho um certo  medo, por razões praticamente óbvias, do meu orientador.
Foi um dia longo e um dia meio vazio, meio cheio, sabem? – como os copos de água enchidos por alguém que não sente nem muito calor nem frio (e assim mesmo toma no frio para engolir melhor o remédio).
O meu remédio foi ignorar o meu lado piegas, não dar muito espaço (nem tempo) a atos involuntários, manifestações irracionais.
Choveu, enquanto eu esperava meu pai ir me buscar na saída da faculdade. Até os pingos de chuva caíam assim... sem algum impacto. Só agora, deitada na cama, esperando pensar em algo fiel a se escrever sobre qualquer ponto do meu dia e de mim, é que a chuva vem para me fazer efetivamente sentir - e  me fazer inundar.
... É.

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